Filme: Oque é isso companheiro?(1997) direção:Bruno Barreto
"O amigo (a) talvez fosse muito jovem em 64. Eu mesmo achei a morte de Getúlio um barato só porque nos deram um dia livre na escola. Um golpe de Estado, entretanto, mexe com a vida de milhares de pessoas. Gente sendo presa, gente fugindo, gente perdendo o emprego, gente aparecendo para ajudar, novas amizades, ressentimentos..." texto extraído do livro Oque é isso companheiro ? - Fernando Gabeira (1979)
O
filme se passa quando o Brasil é subvertido em uma ditadura militar. E surge o
Movimento Estudantil MR-8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro) sendo primeira
guerrilha armada. Inspirado
no livro homônimo de Fernando Gabeira, personagem real das memórias narradas,
muitas alterações e artifícios foram empregados com o objetivo de tornar o
filme mais comercial.
O
grupo é formado por estudantes que preservam sua identidade com nomes falsos.
Este grupo assalta um banco onde conseguem bastante dinheiro para sua célula,
porem em um de seus companheiros, Oswaldo, é pego pela policia.
O
MR-8 decide sequestrar o embaixador dos Estados Unidos, em troca exigiram a
libertação de quinze presos políticos (dentre eles Oswaldo) e a publicação de
um manifesto na imprensa e quebra de sigilo imposto pelo governo.
Após
tal conquista o grupo é perseguido e capturado. Percebemos então neste filme
que as pessoas que lutava pela democracia eram capturadas e torturadas da pior
maneira possível. O grupo não tinha apoio popular, pois a ditadura militar
fazia forte propaganda nos meios de comunicação, retratando-os como terrorista.
confira o link do filme completo
Getúlio- o filme(2014)
“Agregado
valores ao produto,
A
partir d’uns errádicos insumos,
Entregar
novos itens aos consumos
Enquanto
nosso chão resta poluto.
[...]”
Este
poema retrata o que acho a respeito do filme, onde a famosa frase
“mãe dos ricos e pai dos pobres” vem à tona.
Getúlio
trouxe fabricas e gerou emprego, cedeu nosso espaço para empresas
usufruírem, com baixo salario as pessoas ficavam contente (até nos
dias de hoje) quem ganhava lucro exacerbado era as fabricas, donos do
capitalismo.
O Filme é dirigido por João Jardim e distribuído pela Copacabana filmes,e retrará muito o lado pessoal de Vargas, onde se passam por vezes monólogos nos quais o personagem reflete sobre sua vida e seus
feitos,
Inicio de um Golpe de Estado o filme se passa no suspense na qual ocorre um crime e Vaz acaba morto.
O assassino Alcino é contratado por Climério que é da guarda pessoal de Getúlio Vargas(Tony Ramos).
O chefe da Guarda Gregório(Thiago Justino), passa a ser suspeito também, juntamente com Getúlio, qual lhe deu esse cargo de confiança.
que em meio a suspeitas, ameaças de renuncia, onde seus opositores o acusam de ter estar pro traz de um crime, Vargas acaba se suicidando com um tiro no peito sendo encontrado por sua filha Alzira Vargas(Drika Moraes).
"Declaro promulgado o documento da liberdade, da democracia e da justiça social do Brasil”, disse há 25 anos o então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, ao promulgar a nova Constituição Federal, em vigor até hoje. O Brasil rompia de vez com a Constituição de 1967, elaborada pelo regime militar que governou o país de 1964 até 1985
A Nova República é um período da História do Brasil que tem início com o final da Ditadura Militar (1985) até os dias de hoje. Ou seja, este período começa com a saída do general Figueiredo da presidência do Brasil e a entrada de um civil no cargo, José Sarney. Esta fase da História do Brasil também é conhecida como Sexta República. O nome faz referência ao nascimento de um novo período democrático, em oposição ao antigo governo que representava a censura, falta de democracia e repressão aos movimentos sociais. É exatamente pela repressão do período anterior que afloram, de todos os setores da sociedade brasileira o desejo de iniciar uma nova fase do governo republicano no país, com eleições diretas, além de uma nova constituição que contemplasse as aspirações de todos os cidadãos.
A saída dos militares do poder marcou uma importante fase da história política brasileira ao colocar a redemocratização como uma das principais medidas a serem alcançadas. Depois da morte de Tancredo Neves, o vice-presidente José Sarney assumiu o posto presidencial com o objetivo de varrer os resquícios que ainda nos lembravam do período ditatorial. Por isso, o novo governo civil tomou as devidas previdências para a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita em 1986.
No dia 5 de outubro de 1988, o presidente da Câmara, Ulysses Guimarães, oficializou a promulgação da nova constituição brasileira. Segundo o próprio Ulysses, essa nova constituição ficou conhecida como “constituição cidadã”, em alusão às suas diversas conquistas no campo das liberdades individuais, os direitos de natureza social e política. Com isso, apesar do abrandamento causado pela anistia geral, o Estado dava fim às arbitrariedades legitimadas pelos militares.
A educação passa a ser considerada como direito de todos que será dada no lar e na escola, inspirando-se nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana (Art. 166). O ensino dos diferentes ramos será ministrado pelos poderes públicos e é livre à iniciativa particular (Art. 167).
Dentre as novas atribuições estatais previstas pelo texto constitucional estavam: a garantia de oferta de ensino fundamental, gratuito e obrigatório, aos indivíduos em idade própria e extensivo, sob as mesmas condições, àqueles que não o cursaram; o atendimento mediante a elaboração de programas de material didático, transporte, alimentação e assistência à saúde ao escolar, neste nível de ensino; a obrigatoriedade do ensino médio e a gratuidade de seu oferecimento nos estabelecimentos públicos de ensino; a instituição do atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, a ser oferecido preferencialmente no sistema comum – o que fortalecia, mais uma vez, a integração em detrimento da inclusão; a delimitação da atuação da educação infantil a partir do estabelecimento da faixa etária, de 0 a 6 anos de idade, do público frequentador de creches e pré-escolas; a oferta de ensino noturno; e, o acesso aos mais elevados níveis de ensino de acordo com a capacidade de cada indivíduo (BRASIL, 1988).
Ainda que existisse o compromisso com o avanço do processo de redemocratização do país, confirmado a partir da convocação da Assembleia Nacional Constituinte e da posterior promulgação do texto constitucional, em 1988, o cenário de mazelas – fome, analfabetismo, desemprego, alta inflação, serviços públicos de qualidade questionável, corrupção, entre outros – não foi significativamente alterado. Isso fez com que a sociedade se frustrasse com os rumos da Nova República, dado que as mudanças prometidas e as anunciadas soluções para a maior parte dos problemas brasileiros não se concretizaram CAIO AUGUSTO TOLEDO PADILHA, 2014).
O projeto de redemocratização do brasil , foi um desejo Nacional que perpetuou em diversas esferas da sociedade. a musica de Benito de Paula em 1985 traz esse desejo em á Nova Republica.
Referências
: CAIO
AUGUSTO TOLEDO PADILHA (Maringá). Educação e inclusão na Nova República
(1985-1990). Imagem
da Educação, Maringá, v. 4, n. , p.40-52, fev. 2014.
Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/22856/pdf_6>.
Acesso em: 03 jun. 17.
SKIDMORE, T. Brasil: de Castelo a
Tancredo. 1964-1985. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988
Para retirar o brasil do atraso educacional, promovendo o seu desenvolvimento e progresso industrial, os liberais republicanos encontram resposta na ideologia positivista criado por Augusto Comte (1798-1857), surgida na Europa com o objetivo de exaltar o progresso das ciências experimentais e propor uma reforma conservadora e autoritária, ao mesmo tempo que inovadora,
Durante o período de 1889 a 1925 várias reformas educacionais foram promovidas com o objetivo de melhor estruturar o ensino primário e secundário. Depois de ser criada a escola normal caetano de campos (1891) em são paulo, o governo paulista através do decreto estadual nº 248, de 26 de setembro de 1894 (são paulo -estado 2000), resolveu criar o grupo escolar.
À implantação dos grupos escolares alterou o curso de história do ensino público primário no país, através de seus projetos de organização curricular e administrativa, a criação dessa modalidade de ensino, apresentava um ensino seriado onde os alunos eram distribuídos homogeneamente sob a orientação de um só professor, cujo método seguido era o intuitivo. Isso criou novas relações de poder dentro das escolas, e a partir de 1894, se criava também o cargo de diretor escolar, além disso, renovou os saberes escolares, sendo também proposto uma nova estrutura arquitetônica, construída especificamente para essa fim.
Essa modalidade de escolas surgida primeiramente na Europa e nos estados unidos e depois transplantada para o brasil, tinha por objetivo promover modificações e inovações no ensino primário, ajudando a produzir uma nova cultura escolar no meio urbano. Está concepção de escola primária, criada inicialmente em são paulo, nasceu ligada ao projeto educacional republicano que entendia a educação como instrumento de desenvolvimento intelectual e moral, requisitos importantes para se alcançar o progresso nacional. Os grupos escolares surgiram como estratégia da elite republicana paulista constituiu um modelo de escola a ser implantados por outros estados do país.Ainda Em 1920 vários grupos escolares continuaram sendo inaugurados, tanto no interior paulista como na capital, além deles as escolas isoladas, escolas preliminares, escolas provisórias, ambulantes e isoladas, etc. Contudo, as escolas criadas não foram em números suficientes para atender a demanda, daí o projeto republicano para a educação, transformar no tempo em uma escolarização rápida e para todos, principalmente nos anos de 1920 a 1930, é quando a educação passa por uma fase de mudanças e transformação.
Este período histórico foi determinado pelas transformações ocorridas no século XVIII desencadeadas a partir da revolução francesa (1789) e da revolução industrial iniciada na Inglaterra, que abriram o caminho para o avanço do capitalismo para outros países. No início do século XIX, a hegemonia mundial inglesa na área econômica amplia-se com a conquista de novos mercados. A frança, por outro lado, sob o comando de napoleão Bonaparte, passava a lutar pelo domínio de outros países, inclusive Portugal. Em 1808, a família real portuguesa transferiu-se para o Brasil, para fugir do ataque francês. A presença da corte portuguesa no Brasil, com todo o seu aparato, propiciou o desencadeamento de transformações na colônia. Neste processo, foram abertos os portos brasileiros ao comércio exterior acabando com o monopólio português. Para suprir as carências oriundas do longo período colonial foram criadas várias instituições de ensino superior, “com a finalidade estritamente utilitária, de caráter profissional, visando formar os quadros exigidos por essa nova situação.” (werebe, 1994). Assim, foram criados diversos cursos de nível superior: na academia real da marinha (1808), academia real militar (1810), academia médico-cirúrgica da Bahia (1808) e academia médico-cirúrgica do rio de janeiro (1809).
Diante do enfraquecimento econômico e político de Portugal e o contexto de contradição entre a política econômica portuguesa e a política econômica internacional ocorreu a conquista brasileira de sua autonomia política e econômica. A independência brasileira foi conquistada em 1822, com base em acordos políticos de interesse da classe dominante, composta da camada senhorial brasileira, que entrava em sintonia com o capitalismo europeu.
A assembleia constituinte e legislativa instalada após a proclamação da independência para legar nossa primeira constituição, iniciou os trabalhos propondo uma legislação particular sobre a instrução, com o objetivo de organizar a educação nacional.
A constituição outorgada em 1824, que durou todo o período imperial, destacava, com respeito à educação: “a instrução primária é gratuita para todos os cidadãos.” Para dar conta de gerar uma lei específica para a instrução nacional, a legislatura de 1826 promoveu muitos debates sobre a educação popular, considerada premente pelos parlamentares.
Assim, em 15 de outubro de 1827, a assembleia legislativa aprovou a primeira lei sobre a instrução pública nacional do império do Brasil, estabelecendo que “em todas as cidades, vilas e lugares populosos haverá escolas de primeiras letras que forem necessárias”
A mesma lei estabelecia o seguinte: os presidentes de província definiam os ordenados dos professores; as escolas deviam ser de ensino mútuo; os professores que não tivessem formação para ensinar deveriam providenciar a necessária preparação em curto prazo e às próprias custas; determinava os conteúdos das disciplinas; devem ser ensinados os princípios da moral cristã e de doutrina da religião católica e apostólica romana; deve ser dada preferência aos temas, no ensino de leitura, sobre a constituição do império e história do Brasil.
Os relatórios do ministro do império lino coutinho de 1831 a 1836 denunciaram os parcos resultados da implantação da lei de 1827, mostrando o mau estado do ensino elementar no país. Argumentava que, apesar dos esforços e gastos do estado no estabelecimento e ampliação do ensino elementar, a responsabilidade pela precariedade do ensino elementar era das municipalidades pela ineficiente administração e fiscalização, bem como culpava os professores por desleixo e os alunos por vadiagem. Admitia, no entanto, que houve abandono do poder público quanto ao provimento dos recursos materiais, como os edifícios públicos previstos pela lei, livros didáticos e outros itens. Também apontava o baixo salário dos professores; a excessiva complexidade dos conhecimentos exigidos pela lei e que dificultavam o provimento de professores; e a inadequação do método adotado em vista das condições particulares do país.
Para atender a demanda de docentes, saíram os decretos para criação das primeiras escolas normais no Brasil, com o objetivo preparar professores para oferecer a instrução de primeiras letras.
Graças à descentralização da educação através do ato adicional, em 1835 surgiu a primeira escola normal do país, em Niterói. Em seguida outras escolas normais foram criadas visando melhorias no preparo do docente. Em 1836 foi criada a da Bahia, em 1845 a do ceará e, em 1846, a de são paulo.
Em 1837, na cidade do rio de janeiro foi criado o colégio pedro II, onde funcionava o seminário de são joaquim. O colégio pedro II fornecia o diploma de bacharel, título necessário na época para cursar o nível superior. Foram também criados nessa época colégios religiosos e alguns cursos de magistério em nível secundário, exclusivamente masculinos. O colégio de pedro II era frequentado pela aristocracia, onde era oferecido o melhor ensino, a melhor cultura, com o objetivo de formar as elites dirigentes. Por este motivo, era considerado uma escola modelo para as demais no país.
A presença do estado na educação no período imperial era quase imperceptível, pois estávamos diante de uma sociedade escravagista, autoritária e formada para atender a uma minoria encarregada do controle sobre as novas gerações. Ficava evidenciada a contradição da lei que propugnava a educação primária para todos, mas na prática não se concretizava. O governo imperial atribuía às províncias “[...]a responsabilidade direta pelo ensino primário e secundário, através das leis e decretos que vão sendo criados e aprovados, sem que seja aplicado, pois não existiam escolas e poucos eram os professores.”(NASCIMENTO,2004, p. 95).